Jose Kappel

Tela de Ouro

Pincelo em tela de ouro onde amaino meu dissabor. 

 

E lá se misturam lembranças douradas de infância e figuras  de meu amor,
que, um dia, lá se chorou,
 levando apenas cores e brumas que nunca vão renascer. 

 

São minhas histórias de solidão. E neste avante, meu sol morreu no reino que só eram sonhos de mel.

 

E, num dia, virei passado, e ela em futuro. 


E minha história nunca teve fim.

 

Mas sei que dois mortos nunca

fazem uma vida.

 

E as duas histórias sempre

se afogueiam
no nunca mais.

 

Sós,

no estelar da ânsia,

viram aços de amar.