Pincelo em tela de ouro onde amaino meu dissabor.
E lá se misturam lembranças douradas de infância e figuras de meu amor,
que, um dia, lá se chorou,
levando apenas cores e brumas que nunca vão renascer.
São minhas histórias de solidão. E neste avante, meu sol morreu no reino que só eram sonhos de mel.
E, num dia, virei passado, e ela em futuro.
E minha história nunca teve fim.
Mas sei que dois mortos nunca
fazem uma vida.
E as duas histórias sempre
se afogueiam
no nunca mais.
Sós,
no estelar da ânsia,
viram aços de amar.