... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Eternamente

Sobre o sonho escrevi teu nome um dia

Mas a ilusão a levou tal escrita na areia

Onde o mar apaga, insisto, mas todavia

A emoção vela pra que a saudade a leia

 

Ó fado breve, tão fugaz, desdita aflição

O que é mortal tem seu tempo. O final

E nós passaremos, e os enredos ficarão

Afinal, o que ampara é o vínculo imortal

 

E, assim, me parece que só o vil perece

Não! O amor, o afeto, nem tudo some

Coração consome e a alma engrandece

Nos meus versos, jacente é o seu nome

 

Então, nos teus abraços, eternamente

Recordação duma felicidade incontida

Tão grande, querida, vontade se sente

Pois, lembrar-te-ei mesmo após a vida!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19 dezembro, 2022, 05’42” – Araguari, MG

35 anos de morte de minha mãe.

 

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