Decidi morrer.
Nada deu certo,
Viver dói.
Aprontei minha bolsa e segui
Pela estrada cuja placa dizia \"saída de emergência\".
Na metade do caminho,
Pude vê-la parada na esquina.
Cabelos soltos, aos ventos.
Vestido preto e longo.
Tão bela, como uma dama.
Sedutora e misteriosa.
Com uma foice na mão enfeitada com pedras brilhantes e coloridas.
Aquela era a Morte?
Parecia me esperar,
Me observava com um sorriso frio nos lábios.
Chegando a certa altura da rua, olhei pra trás
Imaginando não haver ninguém, me surpreendi.
O que vi, guardo pra mim.
Pois cada pessoa nessa situação, vê algo diferente.
Rapidamente, dei meia volta e segui o caminho contrário.
Estava voltando pra estrada da vida.
\"Ei, espere!\" Gritou a dona Morte da esquina,
\"E quanto a mim? Não virá me ver?\"
Sem parar de andar, respondi \"Sim, irei. Outro dia.\"