Olhando a silhueta da ampulheta
Vendo cada grão cair contando cada segundo que se passa
Me vejo perdida olhando as horas
Me perguntando quando tomarei a iniciativa para mudar
Mas quando me levanto já é tarde
Muito tempo já se passou
A ampulheta caiu no chão
Os segundos, minutos perdidos aqui foram em vão
Tentando recuperar o tempo que ainda me resta
Pego a ampulheta em minhas mãos, ou melhor o que sobrou dela
As pontas afiadas de vidro me cortam
Consigo sentir a aflição ao me tocarem
Ao ver o sangue escorrendo em minhas mãos
Minha respiração fica ofegante, meus olhos se encharcam
Quanta melancolia por uma ampulheta. O que ela valia tanto para mim?
ah sim, o tempo
O tempo que perdi esperando sentada aqui
As memórias que desperdicei
Por cada grão que se desfez.