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Paulo Luna

O poeta nas trevas

O poeta nas trevas

Oculta seu rosto

Guarda suas asas

Para que não o vejam

Voar enquanto o dia

Transborda de problemas

E ele, soturno voa

Sobre os prédios

Árvores, automóveis

Sobre o tédio, sobre o ódio

O descaso a má sorte

A maré de desesperados

Que pelas ruas flutua

Em busca de pão

Em busca de abrigo

Ele voa

Sobre os que consomem

Os que seguem os que

Trabalham e buscam

Encontrar alguma coisa

Ele voa e não pensa

Nunca mais em pousar