Uma onda endorfínica me apega, Nela surfo ignorante da origem...
É duma endorfina, creio: virgem,
Autógena que o corpo não me nega.
Minh\' alma numa autógena vertigem
Prazerosa na onda, então, navega.
É quando as sensações de mim exigem
Percepção de autêntica entrega.
Não me ajusto à tristeza, não compensa.
Nasci já com o dom de ser feliz...
Venci de mim mesmo a desavença
De supor minha baixa autoestima,
Nas quedas levantei-me, inda perfis
Nobre salto, acrobático, por cima.
Tangará da Serra, 10/12/22