Romantista

Sou poeta amador

Não me confundas como amador

Apesar de me considerar um sofredor

Desgastei-me tanto ao ponto de perder-me

Virei um mero espectador da minha destinada destruição

Sonho por aquilo que chamam de amor

Contudo, talvez minhas tormentas e falta de sorte dessa vida me tronaram hoje um perdedor

Essa perdição que acompanha minha total vida de desemoção

Meu caro mestre essa vida de perseguidor

Desgastou minha cor

 


Na medida que fui forçado a procurar o amor

Só abriu-me mais portas para dor

Eu ri com minha máscara já quebrada

Tornei-me inofensivo 

Suportável


Um ser incompreensível

Ao ponto de que sentado a meu espelho

Onde o vazio é o reflexo da minha alma

Isto me fez refletir

O que seria se minha busca aqui acabasse?

Se de mim abandonasse e fugisse

E se da minha procura agora possa abominar

Nada resolvi, percebendo o quanto sou intolerável

Apesar de não ter o mínimo de esperanças que irei me curar

Ou achar no amor a companhia que ao meu reflexo me de de volta a cor


Cansado, abatido e agora totalmente descolorido

Me tornei um poeta abatido sem meu espirito

Espero o espirito santo me levar toda vez que vou deitar

Ao ponto de chorar na perspectiva de pelo menos esse consolo

Vejo-me perdido e acabado, então de mim me isolo


Quando acabo de acordar

Atrevo a perguntar por que Deus não veio ontem me levar?

Porém, conciso do meu próprio destino, me visto novamente a mim mesmo

Percebendo que ao final serei apenas e para sempre poeta amador