Pataco-Pataco-café-com-pão-tic-tac-piuí...
Volta aos trilhos o trem de \'Ritiro\'!
A volta \'do que nunca foi\', volta e meia seguindo por uma linha reta e imaginária,
\'linha de contorno\', seguindo a risca, \'arrisca\', mas só petisca um pão, manteiga não!
Maria-Fumaça, Cachoeira da Fumaça... Maria-Flor Leite Calaça!
Trem \'bão\', trem doido, trem lindo e delirante!
Vai de Deodoro a Roma com todos aqueles caminhos e trilhos num só instante,
que também é o bastante, \'não obstante\', equidistante
para se aproximar e se apaixonar com pressa de se ser feliz!
Em sua garagem no meu do inconsciente, se mantinha coberto por um longo vestido poá e de \'Niceia\'...
A lebre de março era seu maquinista com toda aquela pressa nos levando para sua toca, \'passagem de nível\' ou túnel de metrô!
Pela janela a vida passava...
Quem vai chorar? Quem vai sorrir?
Trenzinha da \'Estrela\', trem azul que passa pela Costa Verde levando memórias afetivas, recentes e preciosas, e aquele barro alaranjado ao invés de minério,
e gavetas com meus calhamaços ao invés vagões!
PATACO-PATACO... Trem do tempo! Eon...
Que leva e traz as ondas do mar, segue com as correntezas que dão a eletricidade aos seus primos ricos da \'capitá\'!
Lili do Muriaé, fleur de Baudelaire, \'bem-me-quer\' ou de um Vale de Saron!
Onde me esperas no final de um arco-íris trajando aquele nosso vestidinho para seguirmos de onde \'paramos\' no sonho que tive naquela tarde!
PATACO-PATACO...
Só embarca quem eu quero, o que quero, penso, acredito, e \'somente eu vejo\'!
E embarca quem já namorei, conheci, me esqueci, quem nunca namorei, e me iludo ao me apaixonar!
Trenzinho da composição de Villa-Lobos... com uma das composições que se engata ao trem do amor \'dando a luz\' a um trole mágico
e que da janela desse acho que vi Adélia seus caracóis e microssaia, o dividindo e seguindo com o vulto de seu esposo imaginário!
Trem que me liga a Itaperuna e todo o Noroeste do Estado anexado ou \'engatado\' a Minas por também utilizarem esse \'trem\' em sua linguagem local!
É o trem que me leva pra lá de Bahrein... Arábia Feliz-Shangri-la, Cochinchina pra lá, \'Butão do mundo\', \'República Moldava Peridniestriana da Transnístria\', República das Bananas, Bananeira(lá pra Natividade!) sobre um pontilhão entre as estrofes,
municípios limítrofes, e em férias da gramática, sintaxe, mas com o embarque de uma outra professora de ginásio e de sainha que também esbarra em meu cotovelo...
Trem que colide ou confronta com as convenções, \'coloqueando\' a sua fuligem sobre a norma culta, e que me leva para onde o \'solecismo\' é pregado e governa!
Que já participou da Revolução Industrial, leva meus soldadinhos de plástico(\'hominhos\'), me traz de volta a infância e também passa por Utopia...!
PATACO-PATACO, ele segue com bondes antigos, por outras ferrovias que também já existiram um dia, por outros trens e navios fantasmas, espaçonaves!
PATACO-PATACO, ele segue a todo vapor de saia de Marylin, \'steampunk\' com levitação magnética, sineta de VLT, apito de navio, freios ABS, com som de freada e apito de caminhão, carro de boi, estouro de boiada
e de \'gás de refrigerante\' ao ser aberto!
Trem que passa \'sobre planetas alinhados\', na \'orla do Muriaé\' e duma \'valeta de aterro ou de proteção\' duma estação qualquer...
É o trem da vida com o embarque e desembarque de suas coisas que passam ou não, pessoas que vem e vão sobre o vão entre os vagões e as estrofes!
E que segue para a próxima parada, paragem, \'gavetas\' ou poema na pressa de ser feliz, \'no pataco-pataco\' e só com tempo pra um café com pão, manteiga não!
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