No primeiro chute e tudo se faz,
O derradeiro despertar do jovem rapaz.
Com seu instrumento munido de tinta,
Que não se acha mais que um escritor de quinta
Enquanto pinta as palavras
Paira a vista do vasto branco,
Freezado perante ao medo, ó seu espanto.
Há muito não via o inimigo
Quando sua arma está vazia,
Apenas com a mente a enchia,
A caneta que outrora amiga
Jaz à preencher a brancura do papel,
Epifania em loucura,
Loucura é seu corcel.
O futuro que quer,
E podes ver,
Tal como a luz a brilhar,
Tal como a luz a esquentar
E tal como a luz, não podes alcançar.
Merecedor de benção alguma
Pôs-se ao lamento do amanhã que almejara chegar,
A paixão que deseja viver antes que se vá,
A palidez de pele do sonho
E sempre ao tempo questionar.
Por que o que quero jamais chegará?
Por que nada mereço conquistar?
Por que não posso sequer amar?
Por que o meu sucesso não virá?
Como posso começar?