Arlindo Nogueira

FREI  POLICARPO (In Memorian)

Outubro de dois mil e vinte

Era o dia de São Francisco

Há um texto com asteriscos

Numa página pelos flancos

Alguém deixou o seu banco

Vazio no remo dum barco

Morreu o Padre Policarpo

Na cidade de Pato Branco

 

Adeus Frei Sérgio Policarpo

Foi meu guru meu sacerdote

Ele recebeu de Cristo o dote

Na vida consagrada a Deus

E no Pato Branco escolheu

Seu povo com seus enredos

E na Catedral de São Pedro

Doou sua vida e lá morreu

 

Quem conheceu Policarpo

Em graças de suas orações 

Entendeu que as pregações

Continham a benção divina

De alguém de alma genuína

Tal qual o pato-branquense

Da linda cidade paranaense

Que ele cobriu com a batina

 

Se foi Frei Policarpo Barri

Da Catedral de São Pedro

Suas rezas serão rochedos

De base àquela comunidade

A de tê-las em fraternidade

Internalizadas no povo seu

O Frei Policarpo disse adeus

Mas deixou grande saudade