Anaaf

Uma xícara amarga de café, aceita?

O reflexo da xícara vazia me faz lembrar daquilo que minha mente questiona até hoje se já foi real.

Não poder mais ver em você o que sempre acreditei ter por você, me faz questionar da minha própria sanidade mental.

 

Mergulhei na xícara de café

Coberta por letras que mais tarde transformei em poesias, acabei até queimando minha língua.

E até hoje busco os rastros que me fizeram cair aqui.

 

Me afundei em uma xícara coberta de café

Tão escura quanto teus olhos

Tão amarga quanto tuas palavras

Mas tão doce como o açúcar em excesso no café.

Boiei com as palavras ditas apenas no anoitecer.

Me deitei elétrica pelo café

Meu coração acelerou

Mas desta vez não foi por amor

Foi pelo bendito café que quase me desmaiou

Nunca deveria ter bebido você, ou quer dizer aquele “café”