Regressar
Teço palavras, reinvento meus passos!
Entre idas e vindas, regresso aos teus braços.
Meu néctar, meus afazeres, minha perdição,
assim me encontro, nesses descaminhos...
Outras vezes caminho com passos claudicantes,
sem buscas, sem encontros, só, só caminho!
Nesse caminhar descubro a poesia que não fiz,
enterneço-me, penso, persisto, desisto...
Ficam as lembranças dos teus abraços e beijos.
Regressar é sempre bom!
Quando se alimentam os olhares, os trejeitos,
se desfazem os medos nesses encontros. Isso é regresso!
Romper as amarras, alimentar em fogo brando,
os lampejos que me fizeram sonhar, retornar, retomar!
Despertar placidamente, refazer laços, desfazer angústias!
Quem sabe amar! Para que tanto medo?
Um dia, talvez, não distante, rever meus campos!
Um dia, talvez, sem pressa, refazer a vida!
Encontrar os versos antigos, perdidos, no fundo de uma gaveta!
Encontrar antigos sentimentos... Eis me de volta!