LEIDE FREITAS

COR E SONS!

COR E SONS!

 

A beleza da vida

Quase invisível

O som da natureza

Quase inaudível

Barulhos incessantes

Sufocam a manhã 

Noite e dia

Não ouvimos mais

Sons da natureza;

Um pássaro que canta 

Na árvore do quintal

Já não há árvores

E nem quintais;

Há apartamentos

Sem varandas

Concreto e cimento

Já não tem lugar

Para samambaias

E outras plantas

As flores multicores

Já não estão presentes

Nos jardins das casas

Quase já não há jardins 

O verde se extinguiu 

O tempo se desfaz

Em pequenos momentos

Ora silenciosos

Ora barulhentos.

Os tempos cinzentos

Permeiam a cidade.

 

LEIDE FREITAS 

( 28.11.2022 )