Arlindo Nogueira

FLOR DE TUNA

Eu vi uma flor de tuna

Em uma duna solitária

Uma cimeira lendária

Nascera naquela areia

Por certo Deus semeia

Vida onde ela não tem

Qual a magia que vem

Do canto duma sereia

 

Tuna é um tipo de cacto

Na duna cresceu sozinho

Flor vermelha e espinho

Tecem estrutura da flor

Que ali no oásis tem cor

Qual os encantos de você

O teu pranto ninguém vê

Há marejar por um amor

 

Ao olhar a branca duna

Só a tuna vem na retina

Tal qual àquela menina

Que perpassa o espelho

Há um bailar de joelhos

Duma elegância alteza

Dos olhos cor de cereja

Vestido longo vermelho

 

Raios de Sol tecem calor

E a flor de tuna inebria

Cactácea exótica fugidia     

Aroma de mel de abelha

Tal qual você e a sereia

Num encanto de beleza

Imagem duma princesa

No seu Castelo de areia