//meuladopoetico.com/

Gustavo Cunha

Tempo resíduo

Na brevidade de um segundo reside a imortalidade de um segredo.
 
Tu eras tudo, todo o mistério do mundo.
 
Guardado, preciosamente, na moldura imutável d\'alma.
 
Arrancada a pétala da rosa que, desvanecente, registra a inexorável desumanidade do tempo,
 
Soberano se faz o desejo de que tu também te desfaças.
 
E, em pensamentos, o tempo já me toca passado,
 
Como se fosse resíduo,
 
Coisa ida, rasto.