Tem noites que Deito, fecho os olhos o sono não vem, Insisto tento me contém,
Mais os pensamentos são mais fortes.
Levanto ando de um lado para o outro
A ansiedade toma conta.
Reviro o passado tento entender o por quê. Procuro um motivo nas lembranças, mais não consigo encontrar.
O relógio em tic tac precisos como um Metrônomo, dita o ritmo desta balada monótona, que danço no dilema de ter que escolher entre a razão e a emoção.
Olho em volta vejo sempre as mesmas coisas:
uma velha escrivaninha no canto do quarto. Encima alguns livros, canetas, lápis de cor e bem no canto um velho porta retrato, que sem foto reflete os rabiscos das folhas do rascunho de minha vida...
Perdido nessa inconstância de sentimentos, volto a deitar.
Ajeito o travesseiro e arisco a fechar os olhos novamente, mais sou interrompido pelo estridente som do despertador, que no seu insistente zumbido anuncia que é hora de me despertar.
E assim começar mais um dia dessa maravilhosa jornada que é minha vida. Há como consigo levantar e fingir que nada aconteceu, simples carrego a esperança de que o amanhã será bem melhor! E se não for? Minha escrivaninha estará sempre no canto de meu quarto.
E assim sempre terei tempo para editar os rascunhos que faço da vida…
C.Araujo