Hoje decidi assumir o controle
Dessa mente fraca que buscas aprovação
Como uma segunda personalidade
Nefasta, nojenta, manipuladora e sem escrúpulos.
Quando assumir, farei uma vítima por vez, além de mim mesmo.
Juro não ter empatia, ou humanidade.
Descontarei minha raiva em todos, mesmo que destruir o outro também me destrua.
A quem eu quero enganar?
Aos olhos dos outros já sou destruido
Uma mente com pensamentos torpes
Que foge do senso comum
Que se pergunta o sabor da carne humana, de um gatinho gordo, ou de um caldo
Com um pobre desnutrido.
Na arte do pensar, refletir e fantasiar
Farei tudo, serei tudo, buscarei tudo
Até realizar meus desejos mais obscuros
Bebê, mulher, criança... Todos estarão na mira do meu rifle mudo.
Penso, miro, atiro, não abato até me cansa
Mesmo que o coração da vítima se canse e pare
Enquanto energia eu tiver
Brincarei com aquele corpo, abusarei daquela alma, farei até os mortos
temerem o meu buscar.
Como uma sombra, negro, muda, perseguidora
Sugarei a luz de tudo e de todos
Até seus olhos pararem de brilhar
E os meus olhos, já sem brilho, com pequenas fagulhas se encantar.
Penso
Miro
Atiro.
Autor: Davi.