Eram dois seres,
Dois lados da mesma moeda,
Homem e mulher,
Presa e predador.
A bifurcação quase perfeita da mesma estrada,
Duas almas densas, escuras, sombrias,
que se completavam quase que instantaneamente.
Onde havia desejo, brutalidade e selvageria,
ao passo que também havia,
a recusa pela entrega, pelo amor, pela calmaria.
A luxúria que os consumia, apenas perdia,
para a perversidade que naqueles sorrisos havia.
O medo de serem iguais, ansiando pela mesma sangria.
Um sentimento confuso e exagerado, seriamente sexual,
que se escondia em forma de animal brutal,
arisco e carnal.
(continua)