Balancete de fim de ano…
Ema Machado
Reconhecer-se nulidade
Parece ser o primeiro passo rumo à paz na eternidade
Se me for amanhã, deixarei alguns esboços, não terei vivido em vão ou pouco
Deixo, de meus planos
Um livro manco, como samba de uma nota só
Mas, não uma página em branco
Deixo o amor enraizado
Nos prados e picos onde pisei
Se não florescerem, plantei…
Deixo minhas histórias
Nem sempre contadas
Minhas partículas e palavras não faladas
Compõe meu proceder na estrada
Deixo melodias não cantadas
Ilusões ilustrativas, serviram como base para tudo que tentava.
Fui, tudo o que podia?
Não sei…
Do viver me ocupava