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Lírio Reluzente

DA COR DO RESPEITO

Ó minha negra formosa! 
Deus ao te pintar
Pincelou de forma diferente 
Em cada detalhe um toque de amor
Vestida com o véu de coragem
A doçura do teus lábios de mel que grita por igualdade
Tua voz grave de contralto é a melodia da alma livre
Seus cabelos trançados que recai sob a pele macia como a pluma 
A passarela da vida estende o tapete vermelho  para o teu caminhar
Os pés livres de correntes 
Ao invés de sinos, mil berimbaus anunciavam a tua entrada triunfal 
Teu sorriso divino 
Mais sincero que os poemas de Andrade 
Não há prata e nem diamante que se compare ao encanto dos teus olhos 
Um olhar penetrante de quem clama por paz
Branco, preto e amarelo
Se houvesse respeito 
O mundo seria mais belo


20 de Novembro  - Dia da Consciência Negra