Thiago R

Quantas vezes ao luar que vai caindo...

Quantas vezes ao luar que vai caindo,

Como pétalas serenas d\'uma haste,

O teu vulto de outrora vi surgindo,

Como sombra no poente que vagaste. 

 

De tão longe a lembrança foste vindo,

E na noite que adejo me encontraste.

Andavas só, dos páramos haurindo,

Ástreo brilho de luz que me encantaste. 

 

Talvez cantasses do passado as nênias,

E pelo horto de lírios e gardênias,

Teus rastros perfumados exalavas...

 

Minh\'alma que vagueia pela rua,

Tem lembrança que surges como a lua 

Que nas horas calmas se revelavas!

 

Thiago Rodrigues