Tem dias que a vida me lembra
o quanto ela é passageira
e bonita como a cerejeira japonesa.
Noutros traz-me de volta à memória
do quão seco os galhos podem ser; secos e diversos.
Mesmo nisso há sempre um universo.
Aguardo pela amendoeira
que irá manchar essa estrada cinzenta
com as suas pétalas brancas,
simbolizando uma nova temporada –
outra página, outro recomeço –
para quem quer que a veja.