O Crepúsculo
Me faz pensar
Aqui estou a observar à tarde
O sol brando
A luminosidade decrescente
Que ao final do dia
Dá lugar a noite
A escuridão
Sentei-me aqui tão somente
Para pensar em mim
E em especial na ação da vigília
Da observação de minhas ações
Dos meus sonhos
Dos meus desejos
Da minha fé
Vigiar...
Como me é necessário!
Como sou um ser irrequieto
Tomei o Crepúsculo como ponte
Para pensar
Na partida, na luz e na escuridão.
E ao mesmo tempo
Em contra partida
O crepúsculo
Fez-me observar em memória
E lembrar-me da aurora
Uma luz fraca e branda
Que antecede o nascer do SOL
Sendo a luminosidade intensa,
Senti-me dentro desse mistério
O Crepúsculo
E vejo neste mistério
O período antes que algo se acabe
Ou algo que nasce
Trazendo-me força, luz intensa e esperança.
Decidi ficar na aurora
Mesmo tendo uma forte admiração
Pelo crepúsculo da tarde... O Ocaso!
Esta me aprisionou na palavra meditada
VIGIAR
E em oração estou a clamar
Por socorro diante dos impulsos
Que não controlo
Do sentir, das emoções...
Do amor, das inquietações...
E das crises existenciais
Que de certa forma é crepúsculo
Nasce do ocaso e não passa despercebido
Pois é marca em potencial
Assim como é necessário o crepúsculo...
Vigiar é essencial...