Vou surfando nos ares tranquilos e nas ondas plácidas das águas das nuvens expostas e prateadas que formam o céu encoberto desse plenilúnio; para esticar as palavras esquecidas e flácidas que estão frouxas e muito mal amarradas nas estacas de cerne do meu minifúndio. Montado na sela americana do ensinado alazão que anda, leve e mais sutil que o vento do austral, pisando serenamente no chão da minha primavera; enquanto vivo, sonho e fantasio folgazão, com o sopro da inspiração do destino universal que começa no seio do corpo espaçoso da minha tapera. Para fazer todas as tarefas do gostoso cotidiano por entre o prado e a chuva, o gado e o vergel que resplandescem nas retinas dos meus olhos ledos; com a lavoura estabelecida, sem nenhum engano, na veiga do espigão em forma de redondel que deixo adormecido todos os meus medos!...