Quero tudo como aquele que não quer nada.
Um querer assim, disforme e opaco. Procuro, no labirinto confuso de minhas memórias, nos escombros onde outrora uma ponte existia, o ponto exato em que me perdi.
Não busco mais o entendimento daquilo que não posso entender...
A conexão foi perdida:
E o que optei por esquecer,
Esqueci por razões já esquecidas,
No mais profundo esquecimento
de um ser-querer que a sí mesmo quer se esquecer.
Tal qual como num sonho em que se sonha sem nem sequer adormecer.