Quando menino, me lembro do cheiro
De cigarro em nossa cozinha.
Perguntava a minha querida mãe
Sobre o seu passado e como era
Ter vivido uma vida como a dela...
Eu sentia dores, mágoas e desespero em sua tremula voz.
O desespero de uma mulher que hoje, possuía apenas seu filho
Para lhe dar um pouco de alegria, naquele fim triste de vida.
Religião? Espiritismo? Tudo se misturava em sua cabeça.
Como uma criança que teve seu brinquedo roubado
E não queria voltar mais lá...
Não voltou, e a busca por
Respostas talvez não continue
Talvez continue com pouca voracidade.
Afinal, existe mesmo alguém para me responder?
Timoth.
Saudades de minha querida mãe
Marta...