Maximiliano Skol

NÃO SEI QUEM MAIS EU SOU

Não sei quem mais eu sou, me encontro estranho...
Estranheza que vem mais por ser tido
Sem a mesma honradez do meu antanho,
Suspeito ser-me a mim desconhecido.

Eu que sabia do mundo e
do emaranho
Dos meus caminhos, vejo-me no olvido.
Esquecido, deparo com o acanho
Do meu vero prestígio desprendido.

Mas não me empenho em ter que me mostrar,
Pois quem rei foi, é sempre majestade
E os meus caminhos foram, na verdade,

Uma escola de vida a cogitar.                                                 
Assim, suponho  estar neste momento
Com depressivo humor do pensamento.

Tangará, 11/11/22