Em tempos de queimadas
De sentimentos de terra arrasada
De floresta desmatada
Nasce a Flora!
Na esteira dos que nos roubam.
A madeira
Por madeireiras, sojeiras, empreiteiras...
Deixando muita sujeira.
Nasce a Flora!
O rastro de destruição do homem, pelo homem, contra o homem.
Nasce a Flora!
Na aurora do poder destruidor e termidor
Vem da ambição humana
Coitada da banana.
Mas mesmo assim
Nasce a Flora!
Biodiversidade natural
É a prova de que a desigualdade social
É coisa de animal (humano)
Por isso nasce novamente a Flora!
Diferença sim!
No ecossistema também.
Desigualdade não!
A natureza pede socorro
Recuso-me e não morro
Vou defender a Flora!
Nem o dinheiro,
Nem o isqueiro
Nossa insônia acabará.
No clima quente da Amazônia.
Nossas plantas são resistentes
E de gente como a gente
Renascerão
A fauna, a flora, a primavera e a revolução.
Amazônia, novas plantas...
Amazonas mulheres guerreiras
Apostas! Armem-se
Contra o fósforo, o fogo, a gasolina, o latifúndio e a carnificina.
Nasce e cresce o novo
Então...
Florescer a vida desabrochando com rosas e cravos
O nascer de uma Margarida.
Acordamos! Avançamos!
Renasceu nossa esperança.
Em homenagem ao nascimento de Flora, filha dos camaradas Emerson e Giselle