reverencio a cor do anoitecer
na solene túnica de meia-luz
quando o Vênus se faz estrela
içando-se ali, como primeira
aonde o Danúbio Azul passa
pro arrastar de companheiras
são correntes pra mar algum
quiçá uns cordões de estrelas
em movimentos cadenciados
bailando o clássico valseado
dos corpos girando aos pares
como eu danço em volta de ti
em torno de si, tantos amores
que rodopiam e depois deitam
nos afazeres de seus prazeres
e então desfalecem completos
como dia que se doa todo dia
no anoitecer, a cor da entrega