Sigo meu caminho, errando, mudando, destoando,
ainda que essa estrada tenha pedras e solavancos.
Sigo um caminho, ainda que impreciso, esmo, persistente.
Trilho-o com percalços e passos torpes, às vezes mudo!
Esse caminho me foi concedido por minha história.
Feito construção, tijolo por tijolo, eis-me aqui!
História concebida ao longo dessa estrada trilhada,
com meus defeitos e solidão, eis-me aqui seguindo!
Todos passaram ou passarão! Eu passarei nesses caminhos!
Caminhando meu caminho ao vento, com meu alento!
Fazendo poemas, me equivocando nessas paisagens.
É essa vida que me resta, com meu olhar apressado!
Caminhos se constroem com os passos, entre ventos ou brisas.
Obstáculos e vivencias que essa vida nos oferta continuamente.
Caminhar é preciso, prosseguir nessa luta, entre saudades.
Saudades doídas, aflorando a cada dia, todos os dias, sempre!
Às vezes são caminhos errantes, entre dissabores e espinhos.
Outra vezes são aconchegantes, pulsantes, esses caminhos!
Entre memórias opacas e confusas, buscando meu espaço,
cada vez mais esse caminho me faz escravo da minha poesia!