Carlos Lucena

SILHUETA DE UMA QUIMERA

SILHUETA DE UMA QUIMERA 

Eu andei pelas músicas e pelas canções
Estive em muitos versos
Eu beijei a alegria 
e a felicidade
Mas também 
estive na solidão
Estive na lágrima 
que escorria
E na poesia trêmula 
do coração.
Estive no abraço 
e nos corpos que 
ardiam de paixão 
Mas eu estive mesmo foi
Em cada amor 
que transbordou 
do peito dos amantes que sangrando 
por séculos duraram 
por instantes.
Mas mesmo assim foram como desejos lancinantes
Que a espada do amor dilacera 
E assim mesmo 
rasgado pela dor 
a ferida agora é apenas a silhueta de uma quimera!