... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

EU, POETA DO CERRADO

Eu, tenho o toque pulveroso do cerrado

O cheiro de mato, uma sensação plural

Uma imensidade, ora árido ora normal

Tão cheio de reconto e tom encantado

 

Projecto do chão de um céu encarnado

Num traço caipira, e sentimento igual

Escrevo com uma transmitância verbal

Bordando os amores, dores e o agrado

 

Eu, poeta do cerrado em construção

Aqui nasci, raiz, sonhador do sertão

Que canta, chora, sonha, faz poesia

 

Escrevo-me por inteiro, sou presente

Nos galhos tortos, no vento fremente

Eu, tenho o toque agreste da pradaria!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

27 outubro, 2022, 20’54” – Araguari, MG

 

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