AS ANDORINHAS E OS HOMENS
Por onde voarem as Andorinhas haverá verão
Nos céus alaranjados do crepúsculo da tarde
Bandos delas dando um espetáculo sem ensaio
Querem o calor das noites para sentirem-se vivas
As copas mais altas das árvores para morarem
São seus habitats temporários na natureza ígnea
Sensíveis ao frio voam longe pra se aquecerem
São como homens buscando seu lugar ao Sol
Aqueles que se afugentam de inóspitos lugares
Buscadores de ambientes que assemelham seus ideais
Persistentes resistindo ao adversario vil, recrudecem
Atraídos pelo calor dos justos que liberta, vão
Espetaculosamente equilibram-se em pontes absmais
Por mais longínquo que seja, remetem-se ao lugar
Onde, junto à outros iguais contemplará dias ensolarados
Depois de muito esforco, cansado! Tempos de paz para vida gozar.
Cláudio Reis