Sigo o caminho do vento,
temeroso e retraido.
Sua passagem às vezes
cálida, às vezes rompante.
E sempre deixa rastros
cujos donos são nós mesmos:
frágeis ,decorosos e temerosos
de sua força,
de sua presença invisível,
somos o papel doloso que ele remoeja.
Sigo o caminho do vento
pois ele foi feito para
conquistar adeptos,
ora diante de sua beleza,
ora de sua aridez.
Meu corpo se torna uma rija
camada de vento sem rumo
e sem prumo.
E meu destino se acende
igual ao nascer do mundo -
estou sendo arrematado
para o primeiro lugar
do fim do mundo -.
Apenas abano o plácido
e o sozinho.