Hoje, saindo de casa, recebi a notícia que um conhecido tinha falecido, dei meus pêsames, então pegando este gancho estou fazendo este artigo, não que o finado fosse uma pessoa soberba, pelo contrário, todas às vezes que me via, falava ou acenava para mim, muito gentil e educado, mas era apenas um conhecido.
Porém, fiquei pensando nas inúmeras pessoas conhecidas em nossa vizinhança que se quer te dão um bom dia ou olham para você, só olham para o próprio umbigo, é aquela soberba que irrita, sabe? E fico olhando para estas pessoas. Onde ela comprou e adquiriu tanta prepotência, arrogância e altivez? Neste caso vale a redundância. Será que o seu oxigênio difere do meu, do seu? Mais puro, mais oxigenado.
Quando vejo estes tipos de pessoas tenho uma certa ponta de piedade e desprezo, um desprezo involuntário e reflexivo. Penso como elas devem ter o espirito pobre e podre, sermos indiferente com essas pessoas não nos tornam iguais a elas, apenas mostramos que temos vergonha na cara e não a soberba.
Falando um pouco do finado, lembro que ele era uma pessoa forte, mas quem é forte o suficiente para enfrentar a morte, desafia, pois quando ela resolve bater na porta e dizer: - Chegou a sua hora.
Não adianta correr para as portas do fundo, é quando toda soberba, toda soberania e toda riqueza mostram-se que não valem de nada, ficam do lado de fora do caixão.
Olhando-me no espelho, reparei que já não estou mais com esta bola toda, que fique de exemplo para todos.
Roberto Ornelas