tenho um céu nublado
um campo mal fadado,
e coercido,
tenho
estrelas embaçadas,
todas de
dá de dor.
tenho um
chapéu de
frade
feito de ontem,
sem criado
e todo mudo.
mais isso
é história
dos sem vinténs.
é história de ninguém,
pois onde estou
é lá:
sempre na
última página
no um futuro
alguém.
e
onde estava você
mesmo ?
aqui,
ou lá ?
aqui não dá,
é montanha de
ninguém.
e
lá também
não dá,
pois
é campo de
batalha
dos mouros e
cheios de belas
que rezam amém
nos cantos
do belo harém.
bem,
aqui fico.
fico fazendo canções
pro seu
amor
de cem grãos !
ou vou pra
lá,
no morro de versos,
querendo
morar com
fadas
do meu anverso.
agora,
me mira,
me visa,
já que sempre
serei
o pobre
valente.
mas sou de bem,
e homem rente,
sempre
sem você
ou,
amém !
sou dos
repentes
que sempre
estão
sem
ninguém,
sou de lá
que me
chamam
doloso
e
caliente !