Quando andar por entre os lírios dos campos, os meus rastros ainda estarão por todos os lugares das distâncias que alcançarem os seus olhos ledos; mas não adiantará arrancar os cabelos e os grampos para tentar me encontrar nas marcas desses lagares perto das glebas dos olivais e dos vinhedos. Pois, com a invisibilidade e `a leveza da minha alma que será integrada no seio divino da invernada, estarei vivendo entre os cavalos alados e selvagens; para, na sombra de uma figueira ou de uma palma recostada `a beira de uma velha e sinuosa estrada, relembrar do tempo ido e das minhas utópicas viagens. Enquanto isso, pelas entranhas e levezas do ar, te deixarei me achar no toque e no som do silêncio que ainda terá uma clarividente expressão do meu amor; com a pequena fagulha que acenderá no algar de dentro do seu coração afável e inocêncio, para te mostrar o meu sentimento em forma de resplendor. Por entre as boas e belas e vívidas reminiscências que vão ficar afloradas com o laço da saudade que sentirá bater forte no âmago do seu peito; porque sempre, muito além de todas as aparências, existirá um genuíno pedaço de ligação e reciprocidade entre a gente que, verdadeiramente, nunca será desfeito!