Respiração, olhos fechados, barulho de pássaros ao longe
Acordo, uma floresta densa, deitado na grama ao pé de uma montanha
Levantando com dificuldade, fui tentando entender onde eu estava
Um ponto azul ao longe entre as árvores da floresta, como se dependesse disso, eu andei atrás
Era uma fogueira, com chamas azuis
Elas queimavam de modo rápido mas também passivo
Eu encostei meu dedo, ao mesmo tempo que me aconchegava, queria consumir minha alma
Caí assustado, eu expectava a chama que refletia meu olhos
Se olhamos no olho d\'água, ele nos mostra o nosso rosto
Sem escuridão, há a luz, se não há luz, há escuridão
E a chama na minha frente mostrava meu passado e eu entendi, que ele queimava
Queimava, queimava na minha mente, queimava, queimava na minha alma, me mostre a verdade, me mostre a realidade, me mostre quem eu sou
Não importa o quão longe que vá correr
Não importa quantas lágrimas eu derrame
Sendo seguido por eu mesmo, me escondendo na minha própria sombra
Não posso esperar, não posso desistir, porque eu só consigo ver o azul, eu apenas consigo sentir o calor
Agarrei a chama azul, ela queimava, queimava minha mão
Sendo consumido vivo pela chamas azuis que devoravam meu corpo
Eu poderia sentir dor, mas era meu passado
Minhas correntes, o que eu sempre dei as costas
Então vamos lá, queime, queime todo o meu corpo
Estou cansado dos meus medos, cansado dos problemas
Minha alma ficará intacta, então até meu último suspiro, ficarei de pé, mesmo sendo queimado
Queimado, queimado e queimado vivo pelas chamas azuis
Acordo, estou no meu quarto, ainda no escuro da noite
Acordo pensando nas brincadeiras que minha mente me propícia....