Carlos Lucena

CORPUS CHRISTI

CORPUS CHRISTI


Oh! Luz Silenciosa e brilhante
Oh! Corpo transubstanciado
Rei sublime triunfante
Já não mais ensanguentado.
Dádiva do mistério doloroso
O teu sangue ora antes derramado
Agora é perfume glorioso
Que do madeiro
A toda Terra se estendeu
Pra redimir os condenados
Para ungir os injustiçados
Perfume que só o céu conheceu!
Oh! Carne ditosa
Oh! Corpo glorificado!
Entranhas preciosas
Oh, Cordeiro imolado
Que se fizeste alimento
Para as almas pressurosas
De ânsia e contentamento.
Oh Deus dos fortes, o Pão!
Oh Corpo dos fracos, alimento!
Eterna Luz, comunhão
Se fez Fortaleza e sustento
Entregou-se abandonado em oblação!
Teu gesto traduzia escória
A cruz é castigo insano
Porém no altar da História
Tu reinas, Ó Divino Pelicano!