Estou um palhaço sem graça
não há mais riso em mim
expectadores neste circo
não consigo mais disfarçar
as dores que não são de festim
Quem tiver muitas flores curativas
venda uma a este farrapo, sem demora
pra ver se melhora, consola
as lágrimas que não são meras histórias
Ao proprietário do circo El Mundo
eu peço folga eternal
não consigo a esta letargia
fazer sorrir, em estado infernal
Ao respeitável público pagante
perdoe-me todos, o prejuízo emocional
pagarei a todos eu juro!
com uma recuperação opcional
Serei mais humano, vou para clínica da alegria
a divindade da felicidade recuperar
quero ouvir o som das gargalhadas e novamente resgatar
não serei mais impostor,
viva todo público!
viva o amor!
viva toda cura que anima um coração aflito
renasça toda graça em encantar o que
a tristeza fulminou
porque o mundo sempre foi um grande circo.
E o respeitável público merece
toda felicidade e menor dor.