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Marcos Cunha

Sonho que Dorme

Agora entendo bem de perder

o autocontrole, por sentir a saudade latejar,

Amar ao sabor do vento, e sentir o beijo da lua.

Entendo a dor de uma vida vazia de ternuras.

Conheço a face fria do tempo...

Marcando horas inúteis.

 

Do amor, os ais, e os tormentos,

Que como uma torneira que goteja,

Pertubando madrugadas inteiras.

Sei de não saber prá fora,

Deixando as palavras perdidas por aì,

E sentir sómente o vácuo e o silêncio da vida.

 

Conheço a lacuna, a abstinência, a fome de beijos

Entendo o vazio que de repente surge.

E sei porque paira no ar a mesma interrogação.

Entendo dessa vontade absurda de ser, e de ter.

E de amanhãs, que talvez nunca sejam hoje.

 

Por quê algumas janelas insistem em não abrir?.

Hoje sei!!! Que apesar de minha eloquência

Esse amor me emudece

E faz em páginas nuas, dormir meus sonhos.