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Shmuel

ATÉ BREVE!

 

Nos fins das conversas, ela nunca diz: 

Até logo, é sempre, até breve,

Mesmo quando regressa minutos depois,

Meu coração se apequena,

Escondo o tempo na última gaveta,

para conter a espera, 

Faço isto sempre que se despede,    

entre uma conversa e outra,

com os teus \"até breves\" em letras garrafais,

Sei que é uma forma suave, leve

mas, as históricas partidas

não foram por completas banidas

das lembranças,

Para mim até breve, adeus,  

nem parece coisa de Deus,

Fico na varanda, com olhares quase ateu, sobre o amor teu,

Até breve cala tão fundo,

abala os pilares do meu mundo,

mesmo sabendo que o retorno é certo, 

e sempre acontece após o anoitecer,

Do nada, me pego a pensar:

Quantos até breves são necessários

para formar um, \"estou indo embora\",

Penso nesta conta, em sequência dispenso tal pensamento,

Afinal, nunca me dei bem em cálculos,

Ah, quanta fragilidade,

há neste meu amar!

Um inocente até breve, que mal, 

pode a alguém, causar!

Quando teus lábios desenha 

um inevitável até breve,

Faço-me surdo,

Faço- me cego,

Pego no sono

E só desperto, quando contigo,

o insensato até breve chegar