E quando desaparecem os níveis consciênciais
O grau elevado do intelecto também é refém
São filhos dos nobres raros, dos pobres comuns
Todos buscam igualmente o Sol do meio dia
Mas os gritos ecoam na noite interminável
Prisioneiros de si mesmos num sistema algoz
Indo e vindo vão pelas ruas aos seus destinos
A flor já não tem mais cor, nem perfume exala
Desapercebida no jardim insiste em ser bela
Espera novamente ser vista como alegria
Servir a vontade dos que ainda são candidos
A bússola pode sim mostrar onde está o norte
Mas, faltosos de boa vontade não à sabem manusear
Caminhando por sobre abismos ignoram o risco
Mas bem ouvem o badalo do Sino que os distraem
A cidade às escuras não os deixam enxergar:
As imponentes fachadas e os imensos jardins
Avenidas que levam a lugares com muito esplendor
Semblantes simpáticos trazendo consigo a verdade
Crianças, jovens e idosos carentes! Ávidos de amor
Cláudio Reis