Início tímido, meio ousado e final melancólico, é isso que nos aguarda? confesso que não é o que desejo, mas sei que está fora do meu controle.
Dor compassada, o soar do relógio tic-tac- tic-tac acho que nunca havia odiado tanto o passar do tempo, me encontrarei com você de novo amanhã, depois e depois, mas até quando?, sei que nunca mais te olharei da mesma forma, nunca mais terá de mim aquilo que tanto almeja, nunca mais me terá e que nada será como antes, contudo ainda sim me encontrarei com você amanhã , depois e depois, até quando? eu não sei .
Dor compassada, será que estamos destinados a nos desencontrarmos e nos encontrarmos todas as vezes? nos conhecermos e nos esquecermos de novo e de novo em um grande e infinito looping, onde ambos se machucam e se recuperam juntos e separados de forma simultânea, sinto dizer que os meus dias estão contados nessa terra de faz de conta, me pergunto onde você estava e onde vc está, o que estava fazendo e o que está fazendo…
( Amar tanto assim deveria ser configurado como crime, tendo como pena máxima o exílio do mesmo. )
Essa dor, é tão exaustiva e sufocante, mas ainda está aí pra mostrar que sou humana, contudo confesso a todos que seria uma escolha deixar de sentir apenas para não me deparar com a mesma, essa dor vem de forma compassada destrutiva, abalando pouco a pouco as estruturas que mantém a sanidade do ser, me deixando à deriva e embriagada com o seu tilintar.