Para o beijo que nunca existiu,
E o abraço que nunca aconteceu
Para a realidade fragmentada e mentirosa
Vivida
Você têm o meu ódio, o ódio que me faz sentir vivo e desejar que estivesse morto.
Morto e inexistente, fragmentado e quebrado, torto e desajeitado, descuidado e atrapalhado,
Esse é o odio que foi derramado em um repecipiente de plástico qualquer,
Derramado por um qualquer, bebido por um qualquer, e no final
Morto de uma maneira qualquer, deixado numa vala qualquer.
Nessa realidade,
Eu morri
Morri por causa de um beijo que não existiu, e o abraço de um qualquer que não aconteceu.