A vida me da náuseas
Porque sigo intenso demais
Preciso corrigir esse espaço vazio
Que deixa ao sair
A vida me da escolhas
Mas sem me mostrar as melhores
Então eu sento e choro
Seria isso um mimo meu?
A vida me da murros
Derruba muros em minhas costas
Pontes, estradas, pneus de caminhão
Estou estendido como tecido
A vida me da margens
Impõe horizontes para que eu sonhe
Penhascos para que eu escale
E no final de tudo, me atire com tudo
Me jogo, me guardo
Me resguardo e não nego
Tudo o que a vida me da
Tudo que ela me da, eu bebo
Como se eu estivesse desesperado
Bebo como se eu estivesse caótico
Mas é sempre só uma coisa que eu ganho
A vida me da murros