A corda do violão tocando estremece meus ouvidos
Me lembrando que estou sozinho, melhor do que mal acompanhado
Novidades? Nenhuma, parei de pensar no que sentia a algum tempo
Eu estou cheio até a borda, calendário circulado, amanhã é dia de trabalho, vamos, esprema o que há de bom em mim e jogue o bagaço fora
E não foi assim? Já faz algum tempo que não me sinto amado por alguém que não seja minha família
Amigos, amigos, inimizade? Não faz diferença, minha cabeça está no meu pescoço e é o que importa
Luz da lua, sempre há noite, sempre voltando a noite
Veja meus olhos, minha feição já diz tudo, fones de ouvido, melhor desligar o mundo
E eu levo a vida dando o melhor de mim
Mas, não estou afim de agradar, as expectativas dos outros andam me matando
Sempre trabalhando, não me acostumei com a mordida das formigas que invadem minha vida
Não adianta limpar a casa, andam sujando ela todos os dias
Cabelo cortado, novamente trajado, minha cortesia são obras-primas
Poemas, sim, estou escrevendo em muitos dias e lugares
E aos poucos que se prendem em minhas palavras, só agradeço pela atenção
Embora, quem eu quero impressionar não me impressiona
Meio sem vitaminas, melhor repor, tomar pílulas...eita, acho que tomei uma para d...o...r..m...i..r....
Acordo, acordo com os olhos entreabertos
Minha imaginação voa longe quando escuto música, fonte de inspiração? Talvez, sou original? Tanto faz, sem tempo de agradar opiniões
Repito, a fita rebobina, pia, água no rosto, tosse, lágrimas, enxugar, máscara equipada...
Mensagens, mensagens que eu não quero ler
Não, ela nem me responde, se tem alguém? Provável
Eu sempre cheguei atrasado, mesmo meu relógio estando adiantado
E no final da noite eu afundo na cama, afundo no meu sono
Puxo a tomada do meu cérebro, dopamina, dopamina, serotonina, serotonina, estou me esgotando aos poucos
Coloque gasolina no carro, dê uma gorjeta ao frentista
Mas, não se acostume, é cortesia minha...Já que sou rei do meu castelo de areia