Tudo o que sinto, sinceramente eu vejo.
Tudo o que vejo, sinceramente eu sinto.
Bebo delícias desse prazeroso vinho tinto,
Ébrio sigo pelas estradas atrás do cortejo.
Tudo o que sei, deliberadamente não sei.
Deliberadamente não sei tudo o que sei.
Assim eu percebo que mais forte que o rei
São as anedotas imperturbáveis sobre a lei.
Tudo o que escrevo, ansiosamente não leio.
Ansiosamente não leio tudo o que escrevo.
Minha inspiração fica prisioneira no trevo...
Odeio tudo o que amo, amo tudo o que odeio.
Desastradamente me perco em vis labirintos
E em vis labirintos escrevo poemas extintos!
DE Ivan de Oliveira Melo