IDA E VOLTA
Finda o dia na Praça da Matriz...
Pensativo observo o bailado feliz
Das aves, na árvore da pracinha...
Elas saem silenciosas na alvorada
E retornam palradoras em revoada
A seus abrigos à tardinha...
E sentindo a tristeza que me enlaça,
Eu penso quem seus rumos traça,
No percurso que tem ida e volta...
E a dor que minha alma invade,
Muito mais do que saudade,
É quase uma revolta...
Ah! Triste sina a que me resta!
Minha avezinha partiu em festa
Foi sem rumo e ao céu se alçou...
E fico à noite pensando,
Sozinho de Deus indagando,
Porque nunca mais voltou...