A saudade é como ponte
Que liga duas aurículas
Tal qual uva na vinícola
Nas travessias do vinho
Qual cimeira de espinho
Onde há flor e perfumes
Uma espécie de ciúmes
Ao se sentir tão sozinho
Saudade é uma lágrima
Que rola na tez saudosa
Dita em versos ou proza
Sob o ágamo da ausência
Só aplicável pela ciência
De alguém fora da retina
Há metafisica que ensina
Saudade é uma essência
Ter saudade é transcender
As curvas duma distância
É entender sua importância
No recorte textual da saída
Tal qual escunas divididas
Remando a diversas fontes
A saudade é como ponte
Que mescla vidas vividas
Ausência é falta de alguém
Lá no cais o fito é sem fim
Translinear dentro de mim
Que no coração se alonga
São cicatrizes de delongas
Que perpassaram nos anos
A distância é fugaz oceano
“A saudade é estrada longa”